
Do hobby ao lucro: como começar seu negócio de amigurumi e viver do artesanato
Transformar o amor pelo crochê e pelos amigurumis em um negócio lucrativo é o sonho de muitas pessoas que encontram nessa arte uma forma de relaxar, se expressar e criar algo único. Mas viver do artesanato exige mais do que talento com as agulhas — é preciso planejamento, conhecimento e uma boa dose de estratégia. Neste guia, você vai aprender como começar seu negócio de amigurumi do zero, onde aprender, como calcular custos e formar preços justos que garantam lucro e valorizem seu trabalho.
1. Aprenda e aperfeiçoe sua técnica
Antes de pensar em vender, o primeiro passo é dominar a técnica. Mesmo que você já saiba fazer crochê, o amigurumi tem suas particularidades — como o ponto mais apertado, o enchimento ideal e o acabamento caprichado.
Hoje, existem diversas formas acessíveis de aprender:
- Cursos online e presenciais: Plataformas como Hotmart, Domestika e até o YouTube oferecem cursos com passo a passo detalhado, desde o básico até o avançado.
- Grupos e comunidades: Participar de grupos de crochê nas redes sociais é uma ótima forma de trocar experiências, tirar dúvidas e se manter atualizada nas tendências.
- Prática constante: A prática é o que leva à perfeição. Comece fazendo peças pequenas, como chaveiros e miniaturas, até se sentir segura para modelos mais complexos.
Lembre-se: cada peça é uma oportunidade de aprendizado e aperfeiçoamento.
2. Monte sua estrutura para começar a produzir
Não é preciso investir alto no início, mas é importante ter o básico para começar com conforto e qualidade.
Veja o que você vai precisar:
- Materiais: linhas 100% algodão (como Anne, Amigurumi ou Bella), enchimento siliconado, agulhas de crochê (geralmente entre 2 mm e 4 mm), agulha de tapeceiro, tesoura e marcadores de ponto.
- Organização: mantenha seus materiais bem armazenados, em caixas ou prateleiras, e crie um cantinho de trabalho confortável e iluminado.
- Identidade visual: pense desde cedo em como quer que sua marca seja vista — escolha um nome, uma paleta de cores e um estilo para suas fotos. A primeira impressão é essencial para atrair clientes.
3. Calcule seus custos de forma profissional
Um dos maiores erros de quem começa a vender artesanato é não calcular corretamente o preço das peças. Para viver do amigurumi, é essencial entender o custo real de cada produto.
Divida seus custos em três categorias:
- Custo de material: Some tudo o que é usado em cada peça — linha, enchimento, olhos de segurança, etiquetas, embalagem, etc.
Exemplo:- Linha: R$ 10,00
- Enchimento: R$ 3,00
- Acessórios: R$ 2,00
Custo total de material: R$ 15,00
- Custo de mão de obra: Defina quanto vale sua hora de trabalho.
Se você deseja ganhar R$ 2.000 por mês e trabalha 100 horas, sua hora vale R$ 20.
Se uma peça leva 5 horas para ser feita, o custo de mão de obra é R$ 100. - Custos fixos e variáveis: Inclua despesas como energia, internet, frete e comissões de vendas online. Mesmo que pequenas, elas fazem diferença no lucro final.
Depois de somar tudo, aplique uma margem de lucro de 30% a 50% sobre o total.
Exemplo:
Custo total (material + mão de obra + despesas): R$ 120
Preço final = R$ 120 + 40% de lucro = R$ 168,00
Esse cálculo garante que você tenha lucro e ainda possa oferecer descontos ou promoções sem sair no prejuízo.
4. Fotografe e divulgue suas peças com carinho
A divulgação é o coração de qualquer negócio artesanal. As pessoas compram com os olhos — e no caso dos amigurumis, o visual encantador faz toda a diferença.
Invista em fotos bem iluminadas, de preferência com luz natural, e use fundos neutros que valorizem a peça.
Crie uma presença nas redes sociais:
- Instagram: poste fotos, vídeos curtos de bastidores e reels mostrando o processo de criação.
- Pinterest: é ótimo para alcançar pessoas que buscam inspiração e ideias de presente.
- WhatsApp e Shopee: são canais simples e diretos para vendas.
- Catálogo digital: use o Canva para montar um portfólio das suas peças e enviar para possíveis clientes.
Dica extra: conte histórias! Fale sobre o processo de criação, o tempo dedicado e o carinho envolvido. Isso agrega valor e conecta o cliente à sua arte.
5. Fidelize seus clientes e amplie seus lucros
Vender é bom, mas ter clientes que compram novamente é melhor ainda. Para isso:
- Capriche no atendimento: responda com simpatia e rapidez.
- Envie as peças com cuidado: use embalagens bonitas, bilhetinhos escritos à mão e um cheirinho suave.
- Crie novidades: ofereça coleções temáticas (Natal, Páscoa, Dia das Mães), e versões personalizadas de personagens.
- Faça parcerias: com lojas infantis, floriculturas ou fotógrafos — o amigurumi combina com vários nichos!
Com o tempo, você pode expandir seu negócio criando apostilas digitais, vendendo aulas online ou montando kits de materiais para iniciantes — formas de aumentar a renda sem precisar produzir tanto manualmente.
6. Organize-se como uma empreendedora
Trate seu artesanato como uma empresa. Registre suas vendas, anote todos os gastos e mantenha um controle financeiro.
Se o negócio crescer, você pode se formalizar como MEI (Microempreendedora Individual), garantindo benefícios como emissão de nota fiscal, aposentadoria e acesso a crédito para investir no ateliê.
Conclusão
Viver de amigurumi é totalmente possível, desde que você una paixão e planejamento. Cada ponto, cada peça e cada cliente conquistado são passos rumo à independência financeira e à realização pessoal.
Comece pequeno, aprenda sempre e lembre-se: o sucesso no artesanato vem de quem faz com amor — e com estratégia.

Oi sou Nicollas um apaixonado desde muito pequeno sobre artesanato, comecei com o crochê sempre observando minha mão fazer, aos 14 anos tomei coragem e pedi uma agulha para minha mãe, desde lá faço peças em crochê. Não parei no crochê e para escrever esse blog a vocês comecei a aprender um pouco mais sobre outras artes, espero que goste dos meus posts, obrigado.